Meu depoimento...
Meu primeiro contato com a
leitura e a escrita foi em casa incentivada por minha tia, que gostava de
contar estórias para mim e meus irmãos. Ficávamos horas ouvindo as estórias que
lia em voz alta de um livro que tínhamos,
com muitas páginas e ilustrações “Meu pé de laranja Lima”. Lembro muito daquelas cenas eu, meus irmãos
que eram menores e minha tia lendo com entonação cada capítulo e sempre que
terminavam esses momentos fazíamos desenhos em algumas folhas de cadernos. Eu
adorava colorir meus desenhos e minha tia era quem escrevia no verso destas
folhas o que os desenhos representavam e muitas vezes eu tentava imitar sua
letra. Também comecei a me interessar
por revistas de histórias em quadrinhos os famosos “Gibis” que tinha na casa da
minha tia, gostava de ficar vendo as figuras.
A partir do momento que entrei
na escola, com muita expectativa consegui com o auxílio de ótimas professoras
formar silabas, palavras, frases e escrevê-las. No final do primeiro ano já
lia. Nas séries posteriores eu já lia e escrevia com mais segurança e a medida
que os anos se passaram isto ia se concretizando. Quando cheguei na 5ª série
lembro que já lia os romances a Moreninha e Iracema, livros sugeridos pelo
professor além é claro dos muitos livros didáticos. Hoje sou professora e procuro sempre incentivar os meus alunos a
lerem e a escrever em todos os momentos.
Ler é fundamental para seguir
as regras com consciência,
mas a expressão pessoal é vital e a escrita é essencial para isso. A oralidade
esvanece e a escrita permanece. Animais comunicam- se oralmente, a
peculiaridade do ser humano reside na escrita. É preciso ler e compreender o
mundo, mas na escola da vida temos que assinar o livro da presença.
Decididamente, a escrita não é um luxo.
Nilson José Machado
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